Pequena introdução


 Eu já não sou mais a mesma pessoa. 

A essência é a mesma, o modo de encarar e resolver as coisas mudou. 

Semana passada senti saudades de como eu era antes de virar gente grande.  Da doçura que eu tinha no coração e da ingênua esperança.

E fui observando não somente eu mesma, mas as pessoas que eu conheço. Senti saudades também das pessoas que eram como já não são mais.

E consegui entender então, como eram as pessoas que não conheci nos seus melhores dias.

Pode ser que a vida tenha sido mais dura para uns do que para outros. A loteria do nascimento, por si só já é um motivo para refletirmos. 

Eu tive que desvendar os "comos" e os "porquês", e nem sempre foi da maneira mais suave.  Fez parte da minha trajetória. 

Só eu consigo ser eu. Só eu consigo enxergar e sentir o mundo com os meus olhos e meu coração. Minha sensibilidade, que faz com que eu comece a falar e chorar ao mesmo tempo, é minha. E eu levei muito tempo para aceitar quem eu sou, como se houvesse alguma coisa que eu pudesse fazer para não ser quem eu sou.

Entendi que muitas coisas que nos dizem não são exatamente a verdade. Que existe intenção, propósito, inveja, recalque, trauma, atrás de atitudes e nem sempre o alvo somos nós.  Com o tempo fui aprendendo a cuidar de mim, ainda estou no caminho. E, muito importante,  fui aprendendo a colocar limites. No que pode chegar a mim, do que eu permito que me influencie, que me afete. Acredito que a essa altura eu já saiba o que me faz bem ou não. Eu posso e vou fazer minhas escolhas. 

Comentários